O estudo, desenvolvido por um conjunto de investigadores da Universidade de Estocolmo, veio revelar que os seres humanos têm um "sexto sentido" que lhes permite identificar quando outro está doente. O propósito, dizem os investigadores, é evitar o contágio.
"A capacidade para detetar pessoas doentes permitiria às pessoas evitarem estar perto das outras, e assim minimizar o risco de ficar doentes", disse à agência francesa AFP John Axelsson, co-autor do estudo publicado este mês no jornal Proceedings of the Royal Society B.
O estudo contou com a participação de 16 voluntários saudáveis, a quem foi primeiramente tirada uma fotografia duas horas depois de lhes ser administrada uma injeção de lipopolissacarídeo, uma molécula encontrada em algumas bactéria patogénicas que provoca uma forte resposta do sistema imunitário nos animais. As moléculas são estéreis, por isso os participantes não ficaram realmente doentes.
A segunda fotografia foi capturada depois de receberem uma injeção de placebo, sem terem conhecimento – estando na verdade saudáveis.
Depois, as fotografias foram msotradas a outros 62 participantes para perceber se conseguiam perceber a diferença entre ambas. 81% das vezes, os participantes conseguiram identificar a fotografia em que a pessoa estava doente. Os elementos mais reveladores eram a palidez da pele e dos lábios, os olhos vermelhos e as palpebras caídas.
No estudo, os autores escrevem que os resultados vão "ao encontro da ideia de que os seres humanos têm a capacidade de detetar sinais de doença numa fase inicial depois de uma exposição a estímulos infecciosos. Isto era indiscutivelmente benéfico para identificar indivíduos numa fase inicial da doença, quando o risco de contágio é alto".