Marcelo Rebelo de Sousa relembra os três momentos em que teve de “exercer a autoridade”

Presidente da República considerou os seus dois anos de mandato como “muito estáveis”

No dia em que completa dois anos de mandato, Marcelo Rebelo de Sousa esteve na Escola Secundária de Camarate, em Loures. Durante a sua intervenção relembrou três momentos em que teve de “exercer a autoridade”: o problema com a Caixa Geral de Depósitos (CGD), os incêndios de 2017 e o recente veto à lei do financiamento dos partidos.

Segundo o Presidente, estes foram as três “situações excecionais” em que precisou de “exercer a autoridade”.

“São situações extremas, se virem bem, porque o Presidente, de facto, tem de ser muito cumpridor em relação aos seus poderes. Eu sou professor de direito constitucional. Mais: eu votei a Constituição, portanto, tenho a obrigação de conhecer bem a Constituição”, afirmou o Chefe de Estado.

Marcelo referiu que é um Presidente extrovertido e afetivo, admitindo que se “expõe muito”, mas que isso não lhe retira “autoridade nos momentos cruciais”. “Não tira, nos momentos em que é preciso, e houve para aí três ou quatro, em que eu tive de ser, não direi menos afetivo – foi feito também com afeto, embora as pessoas achassem que não era visível o afeto naquele momento”, completou.

Ao sair da escola, Marcelo Rebelo de Sousa, voltou a frisar que “há momentos em que é preciso furar um balão e esse balão é haver, em geral, na sociedade portuguesa, uma sensação de desconforto ou de incompreensão perante determinada realidade importante”, mas que isso não aconteceu muitas vezes. “Têm sido dois anos muito estáveis politicamente, muito estáveis económica e financeiramente, e mesmo em termos sociais”, salientou.