Roger Federer está apurado para a final do Open da Austrália, naquela que será a 30.ª final da carreira do tenista suíço num Grand Slam. Com um total de 19 títulos nos quatro principais torneios de ténis, Federer tentará, amanhã, alcançar o seu sexto troféu na prova australiana. Por enquanto o recorde de troféus no primeiro Grand Slam da temporada continua a pertencer ao sérvio Novak Djokovic, hexacampeão na Austrália.
A passear até à final
Aos 36 anos, Federer chega à final da competição sem ceder qualquer set aos adversários. A prova foi um verdadeiro passeio para o atual número dois da hierarquia mundial, que até aqui teve como principais oponentes o checo Tomas Berdych, 19.º do ranking ATP, e o francês Richard Gasquet, que ocupa o 29.º lugar do mundo, nos quartos e 16 avos-de-final, respetivamente. Já ontem, as expectativas para o encontro da meia-final acabaram defraudadas depois da desistência de Hyeon Chung, devido às dores causadas pelas bolhas. O tenista sul-coreano é, apesar desta despedida pela porta pequena, a grande revelação do torneio pelo seu percurso feito até esta sexta-feira. Atualmente no 58.º posto da tabela mundial, Chung causou sensação principalmente pelas suas vitórias ante o número 4 do mundo, o alemão Alexander Zverev e… o mais titulado da prova, e seu ídolo de infância, Novak Djokovic. Ontem, aquele que já é o melhor tenista sul-coreano da história não conseguiu sequer fechar o segundo set (em que estava a perder por 5-2), após ter sido muito facilmente derrotado no set inaugural por 6-1. No discurso Federer realçou que tinha tido conhecimento das lesões do sul-coreano antes de entrarem no court, e confessou que preferia ter passado à final de outra maneira. «Eu já joguei com bolhas no passado e dói bastante. Estou muito contente por estar na final, mas desta forma é agridoce», declarou. Amanhã, no jogo derradeiro, o suíço terá pela frente Marin Cilic.
A final
Esta será a primeira final do tenista croata na Austrália. Independentemente do resultado que fizer diante o suíço a subida de Cilic ao top-3 do ranking mundial está garantida. Atual sexto do mundo, o croata, que triunfou no USOpen de 2014, tem como principais destaques nesta caminhada a vitória sobre Pablo Carreno-Busta, atual campeão em título do Estoril Open e 10 do mundo, a desistência de Nadal, espanhol que defrontou nos ‘quartos’ e o triunfo sobre Kyle Edmund, o britânico que cumpriu com sucesso a difícil missão de representar o seu compatriota Andy Murray, a grande ausência da prova que amanhã conhece o vencedor.