O líder parlamentar do CDS-PP, Nuno Magalhães, distanciou-se esta manhã das trocas de palavras sobre eventuais acordos de reformas entre PSD e PS. Em entrevista à TSF, Magalhães afirmou que o CDS "tem o seu próprio caminho" e que "não seria a primeira vez e se calhar não será a última" em que o seu partido caminhará sozinho enquanto "oposição firme, construtiva e propositiva".
Para o centrista, "o nosso caminho é aquele que iremos fazer independentemente de táticas, de amuos e de convites de outros partidos". Ainda assim, Magalhães não negou nem confirmou uma eventual convergência com o PSD durante ou após as eleições legislativas de 2019, apesar de serem "partidos diferentes, com personalidades diferentes e histórias diferentes". "Não há nenhum problema nisso", disse, lembrando que sempre que a convergência foi necessária existiu vontade e espaço para tal.
As jornadas parlamentares do CDS-PP realizam-se entre hoje e amanhã em Setúbal – e Magalhães deix alertas. "Tendo em atenção que o governo não conseguiu um acordo de concertação social, tendo em conta que o governo aumenta o salário mínimo nacional, desrespeitando os próprios parceiros sociais, temo pelo diálogo social e que esta possa ser a antecâmara para a revisão das leis laborais, se assim for, aqui estará a oposição firme do CDS", alertou.
Entre os convidados para o primeiro dia das jornadas encontram-se António Saraiva, presidente da CIP – Confederação Empresarial de Portugal, e Carlos Silva, secretário-geral da UGT. Estes irão participar no debate "Diálogo Social para Mais Investimento, Melhores Empregos e Melhores Salários".
Ao longo do dia, os deputados centristas visitarão o Porto de Setúbal e a empresa Lauak Portuguesa, mas também um almoço-debate com Carlos Melo Ribeiro, ex-presidente da Siemens Portugal, onde o tema principal será a atração de investimento estrangeiro