A Assembleia da República irá discutir amanhã a proibição de loiça de plástico, propondo a sua substituição por materiais biodegradáveis.
Os projetos-lei em questão foram apresentados pelo PEV, PAN, BE e PCP. Já o PSD apresentou um projeto de resolução a recomendar a realização de estudos sobre quais as alternativas à loiça de plástico.
Se em Portugal este debate é ainda incipiente, tendo nestes projetos-lei o seu momento mais importante em termos legais, noutros países a situação é bem diferente. Em França, os pratos, copos e utensílios de plástico foram proibidos em 2016, entrando a lei em vigor apenas em 2020, dando, assim, algum tempo para a indústria da restauração se adaptar.
Em declarações em 2016, o então presidente Hollande afirmou que a medida teve como objetivo fazer do país uma "nação exemplar na redução das emissões de gases de efeito de estufa".
Também na cidade norte-americana de Seattle medida similar irá entrar em vigor em junho deste ano, estreando-se como a primeira cidade a fazê-lo nos Estados Unidos.
No mês passado também Theresa May, primeira-ministra do Reino Unido, divulgou uma estratégia para os próximos 25 anos para eliminar o consumo de loiça de plástico nas casas e restaurantes britânicos.
A proibição destes utensílios plásticos está a seguir a mesma trajetória da restrição ao uso de sacos de plásticos. Em 1994, a Dinamarca foi o primeiro país a fazê-lo, sendo seguida depois por outros países, entre os quais a Irlanda em 2002, por exemplo. No caso de Portugal, a restrição avançou no governo social-democrata de Pedro Passos Coelho (2011-2014) com a introdução de um imposto sobre os sacos de plástico, diminuindo o seu uso entre a população.