Vários investigadores encontraram um esqueleto, designado “homem de Cheddar”, que morreu há mais de dez mil anos, numa caverna em Inglaterra, e que tinha cor negra e olhos azuis.
Os cientistas retiraram uma amostra do crânio deste esqueleto e, após analisarem o seu ADN, concluíram que o homem teria olhos azuis, cabelo encaracolado escuro e pele "escura a negra". Este estudo indica que estas conclusões podem indicar que o tom de pele mais claro dos europeus foi desenvolvido muito mais tarde do que se pensa.
Ao longo dos anos o ADN tem tendência a degradar-se, mas como o esqueleto foi muito bem preservado no ambiente de uma cave, os investigadores conseguiram ainda assim extrair um pedaço do osso do ouvido interno – o osso mais denso do corpo humano – para o analisarem, escreve o Independent, citando os colaboradores de toda a investigação.
Além da cor dos olhos e da cor da pele, a análise da amostra retirada permitiu também saber que o “homem de Cheddar” era intolerante à lactose e ao álcool.
De acordo com o mesmo jornal, que cita os colaboradores na investigação, o estudo também serviu para mostrar que todos "viemos algures de África".
Todo o processo da investigação vai ser contado através de um documentário que vai ser transmitido pela estação Channel 4 da televisão britânica.