Hoje, às 19h45, discute-se o título que a equipa das Quinas quer conquistar pela primeira vez na história. Depois do difícil triunfo diante dos russos (3-2) esta quinta-feira, Portugal garantiu o apuramento para a final do Campeonato da Europa de futsal. Pela frente, os comandados de Jorge Braz terão uma tarefa muito complicada, e que nos últimos anos não tem deixado boas memórias aos portugueses. Esta tarde, a Espanha será a seleção adversária de Portugal, num encontro que será uma reedição da final do Europeu de futsal de 2010.
Velhos conhecidos Esta será a sétima vez que Portugal e Espanha se defrontam em fases finais do Euro Futsal. Apesar de o conjunto espanhol não ser propriamente uma novidade para os portugueses, o historial entre as duas seleções está (muito) longe de fazer os lusos sorrir. Além da derrota portuguesa na final ibérica de 2010, de notar que a seleção nacional nunca conseguiu bater ‘nuestros hermanos’. Nos seis encontros disputados até aqui, a formação espanhola apresenta vantagem, com quatro vitórias e dois empates (sendo que um deles terminou com vantagem espanhola nas grandes penalidades). Além disso, é ainda de sublinhar que a turma de futsal do país vizinho é a mais titulada da competição: em 10 edições da prova, a seleção espanhola, que defende o estatuto de campeã europeia, venceu… sete!
Contra as estatísticas Mas como os números não passam de meros indicadores que de pouco servem para além de matar alguma curiosidade, o selecionador nacional, Jorge Braz, assumiu, desde cedo, o objetivo de trazer a medalha de ouro para casa.
«Para ganharmos uma medalha de bronze tínhamos de fazer um europeu fabuloso, para conseguir a prata tínhamos de ser super, e fomos. Mas sabemos muito bem a cor que queremos. Está ali ao final de 45, 50 minutos ou penáltis. Estamos numa prova de 100 metros, muito intensa, e isto são os últimos dois segundos. Vamos esticar o pescoço o máximo que pudermos para conseguirmos a medalha desejada», afirmou após a vitória, em declarações prestadas ao site oficial da Federação Portuguesa de Futebol (FPF). Uma ambição partilhada pelo presidente do organismo que rege o futebol em Portugal, Fernando Gomes. «Como se costuma dizer, ‘uma final não se joga, ganha-se’. Quando jogamos uma final, a nossa ambição e desejo é ganhá-la. Espero que os jogadores nos deem esse prazer de ganharem aqui na Eslovénia e nos permitam levar a taça para ter um lugar na Cidade do Futebol, onde ficará muito bem ao lado da taça de futebol que lá temos de 2016», assegurou o líder federativo.
‘Falta concretizar o sonho’
Os futsalistas lusos também não demoraram a reagir à vitória. Ricardinho, – que se tornou, com 21 golos, no melhor marcador de sempre em fases finais dos Europeus de futsal, ultrapassando o russo Konstantin Eremenko –, fala em «orgulho português». «Conseguimos o objetivo falta concretizar o sonho!!! Orgulhoso de ser PORTUGUÊS!!!», escreveu nas redes sociais. Por sua vez, Bruno Coelho, autor do terceiro golo português frente aos russos, adiantou: «Vamos continuar acreditar que é possível, em busca do sonho».