Após meses de negociações infrutíferas com o Best, perdi a paciência. Para além de um texto nesta coluna a denunciar a situação, queixei-me ao Banco de Portugal, à CMVM, e ao Instituto do Consumidor, estes dois últimos por sugestão de uma leitora.
Não sei exatamente porquê, mas protestar resultou. O Best, pela pessoa do Sr. Luís Palma, a quem agradeço o empenho e a prioridade que deu a este assunto, contactou-me, e combinámos uma estratégia para resolver o problema. E funcionou: estas ações estão hoje no BPI, e estou só à espera que os mercados acionistas americanos abram, às 14.30 de Lisboa, para as vender. A rentabilidade deste investimento, medida em dólares, deverá ficar na casa dos 38%. Infelizmente, o montante investido foi muito pequeno. Foi o que se pôde arranjar, mas acabou por resultar bem
Nem todos têm uma coluna na edição internet de um jornal nacional para fazerem as suas queixas, como eu tenho (e alguns leitores criticaram-me por isso). Mas todos podem recorrer às autoridades competentes – neste caso, o Banco de Portugal e a CMVM – para exporem as suas queixas. Protestar é um direito de qualquer consumidor que se sinta injustiçado.
E porque vou vender as ações? Pela mesma razão que vendi todas as anteriores, em dezembro: os mercados acionistas estão caros, pelo que existe o risco de sofrerem descidas significativas, que na minha opinião podem chegar aos 50%. Assim, venderei os títulos, porei o dinheiro de parte, e esperarei. Com a venda de hoje deixarei de ter quaisquer ações. E assim será até ao dia em que estiver convencido que os mercados estão numa tendência ascendente sólida. Até lá, paciência e tranquilidade. Não terei pesadelos com um “crash” bolsista. Para além de saber comprar o que está barato, o investidor de sucesso deve também saber quando deve sair do jogo.