Elina Fraga, ex-bastonária da Ordem dos Advogados e a nova vice-presidente do PSD, está a ser investigada pelo Departamento de Investigação e Ação Penal (DIAP) de Lisboa. Em causa está a gestão da Ordem durante o periodo em que Fraga era bastionária, entre 2011 e 2016.
A Procuradoria-Geral da República (PGR) “confirma a receção, em novembro, do relatório de auditoria realizado às contas e procedimentos da Ordem dos Advogados (nos triénios 2011/2013 e 2014/2016)”, revela uma nota oficial, a que o SOL teve acesso.
A PGR refere ainda que a auditoria deu “origem a um inquérito que se encontra em investigação”, não tendo sido constituídos arguidos.
Recorde-se que, como o i noticiou esta segunda-feira, o nome da ex-bastonária da Ordem dos Advogados foi a maior surpresa da equipa de Rui Rio, que tomou posse no congresso do PSD. Enquanto subia as escadas para se juntar aos restantes eleitos, Elina Fraga ouviu aplausos, mas também apupos.
Em causa está a queixa-crime que apresentou na Procuradoria-Geral da República contra os membros do governo anterior, tanto PSD como CDS, que aprovaram o novo mapa jurídico em que se previa o fecho de 20 tribunais e a passagem de 27 a balcões de atendimento.
Elina Fraga acabou o congresso “animada” e “tranquila”. “Rui Rio tem um pensamento que coincide em muito com aquilo que foram as defesas que eu fiz não só na Justiça mas também para o país, onde combati designadamente as graves assimetrias regionais”, disse aos jornalistas depois do discurso do líder do PSD.