Os serviços de emergência iranianos ainda não conseguiram chegar aos destroços do avião que se despenhou com 66 pessoas a bordo no domingo, nas zonas montanhosas do sudoeste, em condições metereológicas difíceis e a uma altitude de cerca de 4400 metros.
O governo e a operadora aérea dizem que o mais provável é não existirem sobreviventes, mas a aeronave ainda não foi encontrada e esta segunda-feira o ministro iraniano das Estradas e Desenvolvimento Urbano afirmava que há “uma ambiguidade total” no que diz respeito à queda do avião e às condições em que os destroços se encontram.
As condições metereológicas e de acesso à montanha de Dena, onde o avião se despenhou, são tão exigentes que as equipas de salvamento não podem ser transportadas de helicóptero para o local. Têm em vez disso de escalar a montanha, que se encontra a uns 30 quilómetros do destino final do voo doméstico, a pequena cidade de Yasuj, e a cerca de 800 quilómetros da capital, Teerão.
Algumas televisões iranianas chegaram a avançar esta segunda-feira à tarde que as equipas de resgate haviam encontrado os destroços do bimotor ATR-72, mas o Crescente Vermelho e a companhia aérea desmentiram-no.
A aeronave ATR-72 tinha cerca de 20 anos e é um exemplo da frota envelhecida do Irão, que ao longo de vários anos de sanções internacionais dependeu de modelos russos e do restauro de aviões com peças obtidas no mercado negro internacional.
A assinatura do acordo nuclear iraniano em 2015 permitiu a Teerão regressar ao mercado aéreo, o que levou a uma enorme encomenda de 80 aviões de passageiros à americana Boeing, no valor de oito mil milhões de dólares.