O ministro da Economia considerou que o pré-acordo alcançado na Autoeuropa – aprovado esta quarta-feira e que prevê aumentos salariais de 3,2% num patamar mínimo de 25 euros – mostra que “há espaço para o diálogo entre trabalhadores e administração da empresa e que é importante continuar a trabalhar para que seja vista como bom exemplo”.
Caldeira Cabral acrescentou ainda que a decisão reflete “a responsabilidade que os trabalhadores souberam ter e a abertura que a administração mostrou ter".
Também o secretário-geral da UGT, Carlos Silva, considerou que a Comissão de Trabalhadores (CT) "arrancou um bom acordo" com a administração da Autoeuropa. Mas admite que a “UGT estava e continua a estar preocupada com a situação que se vive na Autoeuropa", revelou à saída de uma reunião com a administração da empresa, o líder sindical disse ter ido apoiar o Sindel, sindicato do setor.
A par dos aumentos salariais que terá efeitos retroativos desde outubro passado e irá vigorar até ao final de 2018, a administração compromete-se a passar para efetivos 250 trabalhadores que estão a termo e a pagar um subsídio que equivale a 10% do ordenado base a trabalhadoras grávidas. Foi anda aprovado o “pagamento de uma gratificação de 100 euros ou 200 euros em abril de 2018 conforme a antiguidade” do trabalhador.
Já a compensação para os novos horários de trabalho ao fim de semana, a partir de agosto, será objeto de uma negociação autónoma, altura em que a Autoeuropa deverá aumentar a produção de forma significativa para responder ao volume de encomendas do novo veículo T-Roc e desta forma terá de implementar os turnos contínuos.
O acordo terá ainda de ser votado pelos cerca de 5700 trabalhadores da Autoeuropa, que se vão reunir em plenário no próximo dia 27 de fevereiro.