Capoulas Santos, o ministro da Agricultura, que acompanhava a intervenção das limpezas junto a um concelho de Porto de Mós, no alto da Serra dos Candeeiros, referiu que está a ser feito um “ esforço gigantesco” para evitar novas tragédias este verão, apelando para que "os proprietários, os municípios e todos os que possam, contribuam para que o ano de 2018 seja um ano em que a incidência dos incêndios seja menor e, sobretudo, não haja perda de vidas e mais sofrimento humano, para que 2017 não se volte a repetir".
Além deste terreno, o ministro acompanhou ainda a limpeza de uma área que é da responsabilidade do Estado, em Bouceiros, alegando que este enorme esforço “terá de mobilizar todo o país: o Estado, através do Governo e dos diversos ministérios, as autarquias e, sobretudo, os proprietários, porque em Portugal mais de 93% da floresta é propriedade privada".
"Estamos aqui a demonstrar o que está a ser feito e o que é necessário que façamos por todo o país", declarou Capoulas Santos.
O ministro lembrou ainda que a limpeza deve ser prioritária num conjunto de áreas que não arderam o ano passado, uma vez que são as que estão identificadas como de maior risco pelo Instituto de Conservação da Natureza e das Florestas (ICNF).
"São seis mil e tal aldeias, 1.049 freguesias. A aldeia que visitámos [Bouceiros] é uma delas, que é envolvida por património que é do Estado e por património que é pertença de privados. Naquilo que lhe compete, o Estado está a tentar responder às necessidades de limpeza da área de proteção envolvente, em que contámos com a prestimosa colaboração do município", afirmou o ministro.
Esta intervenção tem como objetivo limpar o máximo de zonas de risco de incêndio até ao verão.
"Estão a decorrer operações destas por todo o país, há concursos que estão a ser lançados, adjudicações que estão a ser lançadas, num plano que irei apresentar publicamente, com todo o detalhe, na próxima semana", garantiu Capoulas Santos.