A chuva que tem caído ao longo desta semana “não vai resolver o problema que o país vive em quase todo o território, em especial a sul do Tejo e na zona transmontana”, lembrou Carlos Martins.
O secretário de Estado explicou que o abastecimento público, através das barragens, ainda não oferece cuidados maiores, mas já considerado um cenário dramático ao nível dos aquíferos. “O nosso panorama é muito mais complicado ao nível das águas subterrâneas: do Minho ao Algarve a escassez é quase total, temos um território todo, todo coberto por uma situação que é, talvez das mais gravosas da história, desde que há registos, no que diz respeito às águas subterrâneas”, acrescentou.
Carlos Martins falava à margem da abertura do encontro “Desafios da Água”, que tem estado a decorrer ao longo desta quinta-feira em Albufeira, no Algarve. O encontro tem como objetivo definir e traçar metas rentáveis para a sustentabilidade dos recursos hídricos no futuro.
Tendo por base a situação atual do país, Carlos Martins anunciou, em declarações aos jornalistas, que já pediu à Agência Portuguesa do Ambiente (APA) que seja elaborado um plano para a reutilização das águas residuais, adiantando que a percentagem de reutilização neste momento “andará entre 1, 5 e 2%” do volume de efluentes produzidos.