“Estou a hiperventilar um bocadinho, se cair agarrem-me, porque tenho umas coisas para dizer”, anunciou, entre gargalhadas nervosas. “Quero agradecer ao Martin McDonagh”, e dirigiu-se a ao realizador de “Três Cartazes à Beira da Estrada”: “Vê o que fizeste: somos um bando de hooligans e anarquistas, mas andamos limpinhos. Quero agradecer a cada uma das pessoas neste edifício e à minha irmã Dorothy. E quero agradecer em especial ao meu clã. Sei que estão orgulhosos de mim e isso enche-me de uma alegria sem fim. E, agora, quero ter alguma perspetiva”, disse, pousando o Óscar no chão.
“Se puder ter a honra de ter em pé comigo as mulheres nomeadas em todas as categorias ao meu lado nesta noite… as atrizes – Meryl [Streep], se o fizeres toda a gente o fará, vá lá – as realizadoras, as produtoras, as argumentistas, a diretora de fotografia, as compositoras, as designers, vamos! Ok, olhem à volta, olhem, senhoras e senhores, porque todas nós temos histórias para contar e projetos para os quais precisamos de apoio. Não nos venham falar nisso esta noite nas festas, convidem-nos para os vossos escritórios daqui a dois dias, ou venham aos nossos, como preferirem, e contar-vos-emos tudo sobre eles.”
E terminou: “Tenho duas palavras para deixar convosco esta noite, senhoras e senhores: inclusion rider” – uma cláusula de representatividade nas contratações para um filme, que pode ser exigida pelos atores ou pelos membros da equipa técnica nos seus contratos.
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