Rúben Semedo foi ouvido esta quinta-feira no Tribunal Superior de Justiça da Comunidade Valenciana, na sequência do recurso apresentado pelos advogados que o defendem há exatamente 15 dias, quando a juíza responsável pelo primeiro inquérito se decidiu pela prisão preventiva do central português.
Através de vídeoconferência, o ex-jogador do Sporting negou as acusações que lhe são imputadas, acreditando ser vítima de burla perpetrada por uma organização criminosa. "Tenho autorização dele para dizer que foi vítima de uma organização, presumivelmente de um mega-esquema. Ele deu cerca de 64 mil euros às pessoas que alegadamente eram amigos para eles investirem em negócios, mas esses investimentos nunca ocorreram. Quando o meu cliente decide recuperar o dinheiro sob ameaça de denunciar essas pessoas, acontecem as queixas e, sendo crimes tão graves, ele é detido", referiu o advogado Jorge Albertini, completando: "Pedimos ao tribunal que dê início a uma série de passos para desmantelar a afirmação do requerente, uma vez que há uma série de contradições e por isso o tribunal não deve tomar como fonte confiável dos fatos alegados que ocorreram."
Por agora, Rúben Semedo vai continuar detido enquanto aguarda por uma decisão em relação ao recurso: o Tribunal de Valência pode manter a medida de coação mais gravosa ou revogar a prisão preventiva, permitindo ao central sair em liberdade enquanto espera pelo decorrer do processo. Recorde-se que o futebolista português de 23 anos é acusado de tentativa de homicídio, sequestro e posse ilegal de arma.