Reunidos este sábado em Lisboa, os Precários do Estado decidiram avançar com "uma mobilização para exigir ao Governo que assuma as suas responsabilidades na concretização do programa de regularização", convocada para 7 de abril em frente ao ministério do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social, pelas 15h.
No documento aprovado no encontro, os Precários reafirmam que o "atraso no programa e os diferentes bloqueios à sua implementação estão a ter várias consequências graves, causando ansiedade e indignação". Uma situação que, denunciam, resulta dos dirigentes estaram a "boicotar o programa, tentando fazer passar a sua vontade à margem da lei". E dão exemplos: "algumas comissões de avaliação estão a tentar excluir arbitrariamente alguns tipos de vínculos, como se o falso outsourcing, as bolsas ou os estágios pudessem ser formas legítimas de assegurar necessidades permanentes".
"É o governo que tem a responsabilidade de garantir que se cumpre o objetivo do programa, com a regularização de todas as situações de precariedade no Estado", referem no documento.
Na semana que precedeu ao encontro, o ministro das Finanças, Mário Centeno, afirmou que há 1224 precários prontos para avançar para concurso, com 16 concursos abertos para a integração de trabalhadores precários nas áreas da presidência e modernização administrativa e na defesa nacional. Concorreram mais de 30 mil pessoas ao Programa de Vinculação dos Trabalhadores Précarios do Estados.