O ministro do Ambiente, João Pedro Matos Fernandes, veio garantir ontem que o plano contra a seca “se mantém rigorosamente de pé”.
“Quando falamos das novas ligações a partir do Alqueva, da utilização dos efluentes das 50 maiores ETAR [estações de tratamento de águas residuais] do país, estamos a falar de trabalhos em curso e quando implicam empreitadas, como é o caso do Alqueva, alguns para o ano 2019 outros para 2022, todos se mantêm em curso”, disse Matos Fernandes – um dos participantes do Fórum Mundial da Água, que arranca hoje, em Brasília – em entrevista à “Lusa”.
Segundo o responsável, algumas ligações no Alqueva, como a de Mértola, já avançaram.
Enquanto isso, Matos Fernandes assegurou que a avaliação de origens alternativas às águas superficiais continua. A ideia passa por recorrer a origens antigas, cuja exploração foi interrompida porque surgiram outras. Além disso, disse ainda, “não deixou de estar programado aquele que era o mais evidente e iminente que era a limpeza dos fundos das albufeiras”.
Entretanto, “todos os concursos foram lançados, há contratos já a ser assinados. Talvez as empreitadas de pequena dimensão não venham a fazer-se agora por serem extemporâneas, mas vão fazer-se na primeira oportunidade”, continuou o ministro.
João Pedro Matos Fernandes afirmou ainda que “as albufeiras têm de facto cada vez mais água” e que, entre um de março e a última quinta-feira, “das 60 albufeiras monitorizadas, 22 já têm mais de 80% do volume da água e apenas sete menos de 40%”.
Ainda assim, o ministro do Ambiente reiterou que deve ser feito um uso responsável do recurso. “Temos de continuar a ter muita parcimónia no seu uso porque, por exemplo [a barragem de] Monte da Rocha, evoluiu nestes dias de 8% para 20% – isto é muito bom -, mas, no ano passado nesta altura estávamos nos 25%”, exemplificou.