1.A hipocrisia da extrema-esquerda (sim, porque hoje falar-se em esquerda moderada é uma fantasia) ficou mais uma vez a nu. O striptease da suposta (e falsa!) superioridade moral da esquerda chique radical tem sido um processo, a um tempo, divertido e penoso de assistir: o ridículo das suas posições, das suas atitudes e da forma como tentam manipular a comunicação e as estruturas culturais e científicas revelam à exaustão o carácter anti-democrático desta “Nova esquerda”.
2.E qual é o guru deste esquerda chique radical à escala global, que há muito abandonou os princípios da sua profissão e se dedicou a prosseguir interesses pessoais e do seu grupo empresarial? Chama-se Anderson Cooper, outrora jornalista, hoje mero político-jornalista e activista radical. Activista que utiliza o seu espaço de “infotainment” no prime-time para lançar o caos na sociedade norte-americana, para debilitar as instituições democráticas e a fé na democracia, para promover o ódio contra o Presidente democraticamente eleito dos EUA, Donald J. Trump.
Lembram-se que o mesmo Anderson Cooper que se insurgiu contra o carácter divisivo do discurso de Donald Trump durante a campanha eleitoral – justificando, porém, o comentário de Hillary Clinton que apelidou os apoiantes de Trump como “cesto de deploráveis”, o que é certamente um gesto simpático, nada ultrajante, nem atentatório da dignidade destes cidadãos americanos – é o mesmo que apelou logo na noite da vitória do actual Presidente dos EUA ao “impeachment”, à resistência cívica? Ou seja: o ódio, o discurso de activismo político militante, contundente é mau quando é proferido por Trump; mas já passa a óptimo e aconselhável quando é proferido pelo guru esquerdista radical chique Anderson Cooper e seus correligionários da CNN.
Don Lemon – um delfim de Anderson Cooper, que tem tanto jeito para o jornalismo como o autor destas linhas tem para a cozinha – refere-se sistematicamente a Ivanka Trump, como a nova “judia ortodoxa”, parodiando tal opção religiosa; contudo, se fosse ao contrário, Ivanka ou Donald Trump seriam certamente acusados de racismo ou xenofobia. Não admira, pois, que a CNN enquanto projecto jornalístico esteja em processo de visível decadência: as audiências são péssimas, as receitas caiem a pique, só se justificando mesmo por ser o braço-armado comunicacional da esquerda chique radical global.
3. O discurso de Anderson Cooper e seus amigos prova que o problema nunca foi o discurso, a postura ou o desafio que Donald Trump colocou às convenções políticas clássicas: afinal de contas, o sonho de Anderson Cooper é ser o Donald Trump da esquerda.
Não: o problema que justifica o ódio contra Donald Trump partilhado por Cooper e seus amigos da esquerda chique prende-se com a frustração de não conseguirem ser tão eficazes na acção política como o bilionário nova-iorquino. Eles odeiam Donald Trump –porque queriam ser como Donald Trump.
Queriam ter o mesmo sucesso político – ser alguém que vem de fora, nunca exerceu qualquer cargo político e regista a maior votação de sempre nas primárias do GOP. Daí que já tenham proposto como candidatos democratas às próximas eleições figuras como Oprah Winfrey, Dwayne Johnson (a sério?) ou…o próprio Anderson Cooper.
4.Pois bem, o guru da CNN lá encontrou uma nova arma para fragilizar Donald Trump: convidar estrelas porno para o seu programa para revelar eventuais ligações passadas com o Presidente. Nós, que já há muitos anos acompanhamos a CNN, nunca havíamos visto este canal informativo dedicar longas horas a temas tão relevantes como “quem é Stormy Daniels”” ou “ Stormy Daniels quer pagar para falar”. Certamente que é a primeira vez que a “Stormy Daniels” é paga para falar – de facto , é uma novidade, mas não justifica o relevo que a CNN confere à notícia.
E dentre as várias tempestades que assolaram o mundo nas últimas semanas – basta ver o tempo em Portugal e a Gisela que trouxe vento, chuva e frio – , a “Stormy Daniels” foi a tempestade menos desagradável de todas.
No entanto, Anderson Cooper não desarma: não há dia em que Cooper não tenha mais novidades sobre “Stormy Daniels”. Há mesmo quem diga que Anderson tem uma obsessão com “Stormy Daniels” – na verdade, esta deve ser a primeira vez que Cooper se interessou verdadeiramente por uma mulher. Enfim, a CNN que outrora era um exemplo de coragem jornalística, de informação rigorosa – transformou-se no “Rancho das Coelhinhas”, no sítio onde as estrelas caídas em desgraça da Playboy se podem reunir para um “roast” contra Donald Trump. Talvez a ligação até seja lógica: a CNN, por este caminho, vai transformar-se em pura pornografia intelectual hardcore…
5. Tudo boas notícias para o Presidente dos EUA: enquanto Anderson Cooper for o líder de facto dos Democratas, a oposição entretém-se a falar com as coelhinhas – e o Presidente vai resolvendo os problemas que realmente interessam aos americanos e ao mundo…A economia americana está mais forte do que nunca; problemas de segurança internacional que foram ignorados por administrações anteriores são agora enfrentados com determinação, firmeza e abertura. Lembram-se das “linhas vermelhas inultrapassáveis” de Obama na Síria? Pois…agora assistimos a um pesadelo que parece interminável…
6.Por último, comprova-se que há dois pesos e duas medidas, conforme os políticos são de esquerda ou de direita: no final da Administração Obama, um livro intitulado “Rising Star” apresentou testemunhos de namorados de Obama durante a faculdade, os quais foram logo desacreditados pela imprensa, até porque “pertencem à reserva da vida privada do Presidente” (porventura, bem); agora, com as coelhinhas a saírem da toca, a CNN dá como notícia do dia uma eventual aventura de Donald Trump no centro da tempestade Daniels…Ainda há alguma dúvida sobre a falta de imparcialidade da imprensa?
P.S. O “i” deve, no entanto, agradecer a Anderson Cooper pela bonita capa que os casos das coelhinhas proporcionaram à edição de hoje do melhor jornal diário português.