No ano passado, transacionaram-se 153.292 alojamentos familiares, mais 21% do que no ano de 2016. Foram atingidos assim os 19,3 mil milhões de euros, o que representa uma subida de 31% em relação ao ano anterior. Os dados foram recolhidos pelo Gabinete de Estudos da Associação dos Profissionais e Empresas de Mediação Imobiliária de Portugal (APEMIP).
Fazendo uma comparação do quarto trimestre de 2017 com o período homólogo de 2016, o aumento dos alojamentos familiares transacionados fixou-se nos 24%.
Para o Presidente da APEMIP, Luís Lima, os números revelados não são surpreendentes e “vão ao encontro das estimativas da APEMIP, que ao longo do ano 2017 apontou para um crescimento na ordem dos 25%”.
“Desde há seis anos que temos feito esta monitorização e avançado com números que têm sido sempre confirmados pelos dados oficiais, com uma margem de erro diminuta, o que credibiliza o acompanhamento do mercado que é levado a cabo pelo Gabinete de Estudos da APEMIP”, explica o responsável.
Para 2018, o representante das imobiliárias aponta para um aumento das transações na ordem dos 30%, mas receia que possa haver situações que desestabilizem o mercado imobiliário e que possam impactar na perspetiva de crescimento para 2018.
“Alterações legislativas em setores que têm impacto direto na dinâmica do sector, como eventuais mexidas na lei do alojamento local, poderão ser desastrosas para o imobiliário. É preciso ter cautela nas decisões que se tomam. A par disso, é também necessário voltar à construção nova, para que possa haver no mercado oferta suficiente que dê resposta às necessidades da procura”, afirma Luís Lima.