O chefe do Estado-Maior General das Forças Armadas de Angola (FAA), o General Geraldo Sachipengo Nunda, foi constituído arguido no âmbito da investigação a uma tentativa de burla que envolve cidadãos estrangeiros e angolanos, que estão acusados de negociar uma linha de crédito falsa de 50 mil milhões de dólares americanos (USD), revelou hoje o sub-procurador-geral da República de Angola, Luís Benza Zanga.
No mesmo processo, foram ainda constituídos arguidos o atual porta-voz do Bureau Político do MPLA, Norberto Garcia, e o ex-presidente da Agência para a Promoção do Investimento e Exportação de Angola (APIEX), Belarmino Van-Dúnem.
O Serviço de Investigação Criminal (SIC) divulgou o caso no início deste mês, depois da detenção de oito membros, por suspeitas da prática de crimes de falsificação de documentos, burlas por defraudação, associação de malfeitores e branqueamento de capitais.
“Os mesmos tentaram defraudar o estado angolano quando se apresentaram como sendo proprietários de uma suposta empresa denominada Centennial Energy Company, Limited”,disse no passado dias 6 deste mês, o superintendente-chefe, Tomás Agostinho, do departamente central do SIC.
De acordo com o SIC, esta rede de pessoas tentava, de forma fraudulenta, negociar uma operação de financiamento internacional de 50 mil milhões de dólares. “Eles advogavam a necessidade de fazer parcerias com empresas angolanas, tendo recebido 53 propostas de empresas nacionais”, esclareceu o mesmo responsável do SIC.