O acolhimento é o principal fator que leva investidores brasileiros a rumarem ao Porto para comprar casa. De acordo com um estudo da consultora imobiliária Predibisa, afetividade da generalidade dos portuenses, a facilitação de integração na cidade, qualidade de vida, a segurança, a beleza, a cultura, a gastronomia e o clima estão também entre as razões que levam os investidores do Brasil a apostar no mercado residencial do Porto.
Depois do fator acolhimento (apontado por 100% dos inquiridos), surge a qualidade de vida entre as razões que fazem do Porto um destino preferencial, recolhendo cerca de 70% das respostas dos entrevistados. Neste ponto, foram valorizadas a escala da cidade e a diversidade e riqueza culturais, bem como a proximidade a serviços, educação e mercado de trabalho.
Metade dos inquiridos refere ainda ter tido o fator segurança em consideração. Segundo o relatório anual do Índice Global da Paz (2017), realizado com base em 23 indicadores que avaliam o nível da paz em cada país, Portugal fecha o top3 dos países mais pacíficos e seguros para se viver, subindo duas posições face aos dados de 2016.
“O Porto tem-se posicionado como uma das cidades que mais atrai a nacionalidade brasileira na opção de comprar casa. A par de aspetos mais de ordem emocional, como a questão do acolhimento, qualidade de vida, segurança, há também outro tipo de fatores que influenciam esta escolha, como o preço do metro quadrado no Porto ser inferior à maior parte das capitais e grandes cidades europeias. Acresce a isso, o facto do imobiliário português ser cada vez mais sinónimo de qualidade, transparência e dinamismo e também a qualidade da construção ser alta e estar entre as melhores da Europa”, explica Rita Costa Seixas, responsável pelo departamento de Marketing & Research da Predibisa.
Os brasileiros dominam a compra de casas por estrangeiros na cidade do Porto, com uma representatividade de 27%.
“A instabilidade política, social e económica sentida atualmente no Brasil, tem conduzido muitos brasileiros a procurar mercados seguros para investir em ativos imobiliários, como é o caso do português”, afirma a Predibisa.
Segundo dados divulgados pelo Gabinete de Estudos da Associação dos Profissionais e Empresas de Mediação Imobiliária de Portugal (APEMIP), apesar de os franceses serem os estrangeiros que mais investem em Portugal (29%), o investimento brasileiro é o que mais tem crescido e representa já cerca de 19% da compra de casas a nível nacional. Seguem-se outras nacionalidades, como os ingleses (11%), os chineses (9%) e os angolanos (7,5%), que também adquiriram habitação em Portugal em 2017.