Portugal foi até ao momento dos poucos aliados dos Estados Unidos que não expulsaram diplomatas russas na maior ação diplomática concertada da História moderna. No entanto, o governo português, pela voz do ministro dos Negócios Estrangeiros, Augusto Santos Silva, não descarta essa hipótese no futuro.
"A medida que em cada momento se revelar mais conforme aos interesses nacionais portugueses, aos interesses europeus e aos interesses da Aliança Atlântica, essa será a medida que nós tomaremos, porque são esses os três critérios: o nosso interesse nacional, enquanto país que fala com toda a gente no mundo e que tem uma enorme facilidade de contacto com todas as grandes regiões do mundo, e os interesses europeu e da Aliança Atlântica", afirmou o ministro em declarações à agência Lusa.
O governo poderá, eventualmente, tomar medidas, mas estas serão decididas "sem precipitação, com autonomia, com prudência, mas também com firmeza", garantiu Santos Silva.
Mais de 100 diplomatas russos foram, nos últimos dias, considerados por vinte e três países, dos quais 16 da União Europeia, persona non grata, sendo expulsos dos respetivos países.