Desde segunda-feira que o Centro de Coordenação de Resgate Marítimo (MRCC) vem realizando uma operação de busca e resgate para recuperar o tripulante que caiu ao mar no Oceano Pacífico, John Fisher (Reino Unido), de 47 anos.
O Controlo de Corrida para a Volvo Ocean Race (VOR) foi informado pela equipa de Hong Kong, a Sun Hung Kai/Scallywag, à qual pertencia o britânico, de “um incidente de homem ao mar”, na segunda-feira à tarde, pelas 14h42m.
O acidente ocorreu quando o barco navegava a 1.400 milhas (2.600 quilómetros) a oeste do cabo Horn, durante a disputa da sétima etapa da Volvo Ocean Race, entre Auckland (Nova Zelândia) e Itajaí (Brasil).
As condições meteorológicas na área de busca, com ventos a atingir os 35 nós (68 quilómetros por hora), além da ondulação do mar, têm sido a principal adversidade no processo levado a cabo pelo MRCC. A equipa confirmou que Fisher estava com o equipamento de sobrevivência quando caiu à água, cuja temperatura ronda os 9 graus Celsius.
Buscas exaustivas e hipóteses diminutas Na madrugada desta terça-feira, a direção da regata da VOR emitiu um comunicado onde reconheceu que as hipóteses de encontrar o velejador britânico, que fazia equipa com o português António Fontes, com vida são “diminutas”.
Entretanto, o veleiro que transportava a tripulação que representava a equipa de Hong Kong nesta 13.º edição da VOR já se dirigiu para terra. A Sun Hung Kai & Co. fez ontem saber que após cerca de 12 horas de “buscas exaustivas” e depois de se fazer “tudo o que era possível para recuperar” John Fisher, a equipa “tomou a difícil decisão de se dirigir para terra”.
“Estamos a trabalhar com a Volvo Ocean Race para fornecer à família todo o apoio possível”, adiantou Lee Seng Huang, proprietário da Sun Hung Kai.
“John foi perdido no mar” Por sua vez, Richard Brisius, CEO da Volvo Ocean Race, lamentou, durante a manhã desta terça-feira, o sucedido com o velejador de 47 anos. “Como velejadores e organizadores de regatas, perder um tripulante no mar, é uma tragédia que nunca queremos imaginar. Estamos arrasados.”, afirmou Brisius, num comunicado partihado no Facebook oficial da VOR. “Dada a temperatura da água e o estado extremo do mar, juntamente com o tempo que passou desde que ele caiu ao mar, devemos presumir que John foi perdido no mar”, pode ainda ler-se na mesma mensagem.
Esta não é, contudo, a primeira vez que uma situação do mesmo género ocorre. Em janeiro, altura em que foi disputada a quarta regata da competição, o australiano Alex Gough, companheiro de equipa de Fisher, também caiu ao mar. À data, porém, as boas condições meteorológiocas permitiram o resgate do australiano, que voltou a integrar a tripulação, sem problemas.