O ministro da Administração Interna, Eduardo Cabrita, falou sobre a polémica dos três helicópteros Kamov, à margem de uma ação de sensibilização da Polícia de Segurança Pública, em Lisboa.
Para Eduardo Cabrita, a decisão da Associação Nacional de Proteção Civil (ANPC) de expulsar as equipas de manutençaõ russas, apenas foi tomada de forma a garantir a “salvaguarda do cumprimento de uma relação contratual com entidades privadas”, sublinhandno que “cabe à ANPC defender o interesse público”.
O ministro referiu ainda que o governo pretende ter “o melhor quadro de defesa do país com meios aéreos”, uma vez que os últimos acontecimentos podem atrasar a manutenção dos helicópteros – que estariam disponíveis a 15 de maio. O governo estará preparado “durante todo o ano” e não apenas durantes as ditas alturas de risco, assegurou Eduardo Cabrita.
“Isso acabou [períodos de risco], aprendemos com as lições de 2017. O Governo adota as recomendações da comissão técnica independente e por isso teremos helicópteros, aviões e mecanismos de resposta todo o ano na defesa não de interesses privados mas sim do interesse público dos portugueses”, concluiu.
Recorde-se que, esta quarta-feira, a Proteção Civil selou as instalações onde estavam a ser reparados três helicópteros Kamov, no aeródromo de Ponte de Sor, em Portalegre.
Em causa estará a manipulação de material sem autorização prévia. Situação que a Everjets – empresa que gere os helicópteros do Estado – diz que nos últimos anos “sempre foi normal”.
A Everjets refere ainda que o prazo para as reparações fica comprometido e que fica assim “impossibilitada de cumprir os objetivos e garantir a prontidão das aeronaves”.