Ricardo Robles, vereador do Bloco de Esquerda em Lisboa anunciou ontem que os primeiro locais de Lisboa a receberem as salas de consumo assistido, mais conhecidas como “salas de chuto”, serão o Lumiar e Alcântara.
“Estes equipamentos são essenciais, estão planeados para as zonas onde existe consumo, ou seja, não iremos inventar novas zonas da cidade nem levar consumo para onde ele não existe. Vamos dar a resposta onde este problema existe e onde carece de soluções”, disse o vereador em declarações à TSF.
Para além dos dois postos fixos, faz ainda parte do projeto um posto móvel que irá dar resposta às necessidades dispersas na zona ocidental da capital, garantiu ao i fonte do Bloco.
“Não é só uma sala de consumo, é uma sala de consumo assistido e tem respostas sociais. Teremos cuidados de enfermagem, apoio alimentar, serviços de higiene, apoio social e psicológico, rastreio de infeções transmissíveis”, explicou ainda o vereador. “Portanto são equipamentos que servem um fim também de apoio social que é tão importante. É um interface com as pessoas que consomem drogas, na rua é muito difícil dar esta resposta e este apoio”, acrescentou.
A restante informação sobre o projeto, incluindo os diagnósticos das zonas em estudo, será divulgada pela câmara no dia 19 de abril.
A criação de dois centros de consumo assistido de drogas faz parte do acordo feito entre o PS e o Bloco de Esquerda para que existisse maioria na câmara. O primeiro anúncio foi feito em novembro do ano passado e já nessa altura se apontava como zonas mais prováveis a Alta de Lisboa e a zona Ocidental.
No documento assinado por Robles e Medina está prevista a “abertura de sala de consumo assistido e criação de equipas móveis em articulação com as organizações intervenientes nesta área e com o Serviço Nacional de Saúde, para reduzir os riscos associados à toxicodependência”. Filipa Traqueia