Já há uma nova estimativa para o momento em que a estação espacial chinesa – Tiangong-1 – pode cair sobre a Terra: entre a noite de sábado e ao final do dia de domingo, dia 1 de abril. No entanto, há ainda um elevado grau de incerteza.
A Tiangong-1 tem 10 metros de comprimento e pesa cerca de 8500 quilos. Quando cair é previsível que 20 a 40% da massa do satélite não seja destruída na reentrada na atmosfera e possa cair na Terra. A possibilidade de cair em Portugal é reduzida, 3%, mas ainda assim pode acontecer entre as zonas do Porto e do Minho.
A previsão foi fornecida pela Agência Espacial Europeia (ESA): “Nas últimas 24 horas, ao contrário do que se previa, uma corrente de partículas vindas do Sol a alta velocidade, que se esperava que viesse atingir a Terra e influenciar o campo geomagnético deste planeta, não teve qualquer efeito”, refere a ESA.
Espera-se nos próximos dias, um “clima espacial mais calmo em torno da Terra (e na sua atmosfera)”, o que “significa que a densidade da atmosfera superior, pela qual a Tiangong -1 se está a mover, não aumentou tanto quanto previsto”, diz a Agência.
A estação foi lançada a 29 de setembro de 2011. A 16 de junho de 2012, uma nave transportando três taikonautas (astronautas ou cosmonautas chineses) conseguiu amarar com um foguetão à estação, onde trabalharam mais de dez dias. A 21 de março de 2016, a China perdeu o contacto com a Tiangong-1; a 14 de setembro de 2017, as autoridades chinesas anunciam que o aparelho vai despenhar-se na Terra, provavelmente até ao fim de 2017.
Embora haja uma hipótese em 3200 de atingir a cabeça de alguém, a verdade é que a zona onde podem cair os destroços é bastante vasta: encontra-se entre o paralelo 43 norte e o 43 sul, podendo atingir Portugal, já que abarca a Europa do sul, a maior parte dos EUA, toda a África, a maior parte da América do Sul, grande parte das zonas mais populosas da Ásia e quase toda a Oceânia.