Este projeto é implementado pela fundação “la Caixa” em Portugal. O banco “la Caixa” é um banco totalmente público, detido pela região autónoma da Catalunha, e é o maior acionista do BPI, com 84% do capital. A fundação “la Caixa”, financiada pelo banco, começa agora a desenvolver a sua atividade em Portugal, com o objetivo de contribuir para “uma sociedade melhor e mais justa para os que mais necessitam”.
E é dentro deste louvável objetivo que encontramos o projeto Incorpora, que pretende proporcionar postos de trabalho para pessoas vulneráveis, em situação ou em risco de exclusão social, como os jovens que não trabalham, desempregados de longa duração e que tenham mais de 45 anos, antigos reclusos, vítimas de violência doméstica e pessoas com deficiência ou incapacidade.
Hoje, 30 de março, sexta-feira Santa, é o último dia para apresentar candidaturas a este projeto. Ainda é possível fazê-lo, através do site do banco BPI. Contudo, lanço aqui um apelo, aos administradores da fundação “la Caixa” em Portugal, em especial ao Dr. Artur Santos Silva e ao Dr. António Barreto, duas pessoas que muito admiro, para que usem de alguma flexibilidade e que estendam o prazo por mais duas semanas, bem como para que alarguem o âmbito geográfico do projeto. Por exemplo, o distrito de Setúbal, onde resido, está excluído do alcance do Incorpora, sem que se encontre uma explicação para tal, dado o elevado número de pessoas em risco de exclusão social que aqui existe. E quem diz Setúbal, diz Braga ou Faro. Não há razão para que um projeto tão meritório esteja geograficamente limitado a três distritos: Lisboa, Porto e Coimbra. Deveria ter um âmbito nacional.
Por fim, quero elogiar a atitude do “la Caixa”, em devolver à sociedade parte dos lucros que obtém com a atividade bancária. É mais uma razão pela qual gosto de ser cliente do BPI.