A estreia bolsista da plataforma de streaming de música foi também rara por ter sido direta em vez de numa Oferta Pública Inicial (IPO, na siga inglesa). Esta modalidade não implica a emissão de novas ações, levando os investidores a comprar as que foram colocadas no mercado. Ou seja, foram os atuais acionistas a venderem títulos já existentes nesta operação.
A empresa, fundada há dez anos na Suécia, revelou que preferiu a entrada direta à IPO porque não precisava de conseguir mais capital e também porque, defende, o processo é mais justo, uma vez que coloca os grandes e pequenos investidores em igualdade de condições.
Além disso, ao contornar o IPO, poupou milhões de dólares em taxas, apesar de contratado o Goldman Sachs, o Morgan Stanley e a Allen & Co. como consultores. A expectativa do mercado e do próprio Spotify era que a estreia fosse bem difícil.
Numa carta revelada ao público, o CEO da empresa que “às vezes somos bem-sucedidos, às vezes tropeçamos”. Daniel Ek acrescentou não ter dúvidas “de que haverá altos e baixos”.
O Spotify fechou o ano de 2017 com 71 milhões de subscritores pagos e 157 milhões de utilizadores ativos. O serviço tem uma modalidade em que não se paga o serviço mas na qual são reproduzidos anúncios publicitários em áudio e vídeo.
A plataforma tem mais de 35 milhões de músicas e dois mil milhões de playlists. O serviço está disponível em 65 mercados, incluindo Portugal.