Como um dedo com 85.000 anos ajudou a perceber a evolução do Homem

Descoberta foi feita no deserto de Nefud, no norte da Arábia Saudita

Investigadores do instituto alemão Max Planck concluiram que a saída do ser humano de África aconteceu mais cedo do que se pensava e até locais mais longíquos do que os que até agora eram conhecidos. E tudo graças a um dedo com 85.000 anos.

O dedo fossilizado, encontrado no deserto de Nefud, no norte da Arábia Saudita, pertence ao Homo Sapiens mais antigo descoberto fora de África.

De acordo com a investigação, publicada na revista científica Nature Ecology and Evolution, este osso fossilizado foi descoberto junto a ferramentas de pedras e fósseis de outros animais. Até aqui, sabia-se apenas que os Homo Sapiens tinham ido apenas até às florestas do Levante, termo geográfico que diz respeito a uma grande área do Oriente Médio, que, hoje em dia, incluiria países como Síria, Jordânia, Israel e Palestina.

"Esta descoberta mostra conclusivamente pela primeira vez que os membros mais antigos da nossa espécie colonizaram uma região extensa do sudoeste asiático e não se limitaram ao Levante", explicou Huw Groucutt, da Universidade de Oxford e do Instituto Max Planck para a Ciência da História Humana.

Para ler o artigo da Nature Ecology and Evolution, clique aqui.