Afinal, os EUA vão ou não atacar a Síria em breve? Nem Donald Trump sabe a resposta

Presidente dos EUA voltou a usar o Twitter

Donald Trump continua a confundir os analistas e os seus seguidores: depois de, na quarta-feira, ter avisado que os mísseis estavam “a chegar à Síria”, agora o presidente norte-americano deixou uma mensagem enigmática.

Esta quinta-feira, Trump voltou a usar o Twitter para explicar que nunca estabeleceu uma data para uma possível ofensiva contra o regime de Assad em resposta ao alegado ataque químico levado a cabo em Douma, que matou dezenas de pessoas.

“Nunca disse quando é que um ataque à Síria iria acontecer. Pode ser muito em breve, ou então não tão cedo, de todo!”, escreveu o presidente norte-americano.

Para além disso, Trump defendeu a importância dos Estados Unidos no combate ao autoproclamado Estado Islâmico, que foi praticamente derrotado na Síria: “de qualquer forma, os Estados Unidos, sob a minha administração, fizeram um excelente trabalho em libertar a região do ISIS. Onde está o nosso ‘Obrigado, América’?”.

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Recorde-se que, na quarta-feira, Donald Trump usou o Twitter para dar a entender que a resposta dos Estados Unidos da América ao alegado ataque químico na Síria está a caminho. "A Rússia diz que vai abater qualquer míssil disparado contra a Síria. Prepara-te, Rússia, porque eles estão a caminho, suave, novos e 'inteligentes", escreveu o presidente norte-americano. “Não deviam ser aliados com um animal assassino que mata o seu povo com gás e desfruta com isso”, acrescentou.

Vladimir Putin respondeu, dizendo que espera que o “bom senso” prevaleça nos tempos que correm, numa altura em que o mundo está a começar a ficar “mais caótico”. “O estado atual do mundo deixa-nos preocupados, está a tornar-se cada vez mais caótico”, afirmou o presidente russo.

Recorde-se que, na terça-feira, os EUA, apoiados pela França e o Reino Unido, admitiram avançar com uma resposta militar para acabar com a ameaça de ataques químicos em território sírio.

No fim de semana passado, pelo menos 42 pessoas morreram na sequência de um ataque deste género em Douma. O regime de Assad negou qualquer envolvimento, assim como a Rússia, que se disponibilizou para garantir a segurança de especialistas da OPAQ que se dirigissem ao terreno para averiguar a existência de armas químicas por parte do regime sírio. A OPAQ já anunciou que enviará uma equipa de peritos “em breve”.