May diz que ataque serviu para deixar uma “mensagem clara” a Assad

Reino Unido participou no ataque, em conjunto com os EUA e a França

Theresa May defendeu esta manhã que os ataques à Síria tinham como objetivo deixar uma “mensagem clara” ao regime de Assad quanto ao uso de armas químicas.

"Esta ação coletiva envia uma mensagem clara: a comunidade internacional não vai ficar à espera e não irá tolerar o emprego de armas químicas", declarou a primeira-ministra britânica numa conferência de imprensa, defendendo que as ofensivas foram "ao mesmo tempo justas e lícitas".

May deu ainda alguns pormenores sobre a informação recolhida em relação aos ataques com armas químicas em Douma: de acordo com a primeira-ministra britânica, o regime sírio usou ‘bombas barris’.

Recorde-se que, em conjunto com o Reino Unido e a França, os Estados Unidos protagonizaram um ataque na Síria contra o regime de Bashar al-Assad.

De acordo com informação disponibilizada pelo Pentágono, foram realizados três ataques contras instalações utilizadas para produzir e guardar armas químicas: a primeira ofensiva, perto de Damasco, foi contra um centro de investigação científica onde este armamento é desenvolvido; a segunda realizou-se em Homs contra um depósito de armas químicas; e a terceira, também em Homs, contra um armazém e um “importante centro de comandos”, explicou o chefe do Estado-maior norte-americano, o general Joseph Dunford.

As autoridades norte-americanas já confirmaram que este ataque conjunto tratou-se de um “ato único” e que a Rússia não foi avisada previamente desta ofensiva.

Este ataque surge na sequência de um ataque com armas químicas alegadamente perpetrado pelo regime sírio. O governo de Assad já negou qualquer envolvimento neste ataque e a Rússia pediu a membros da Organização para a Proibição de Armas Químicas (OPAQ) que fossem ao terreno perceber o que se passou. Este ataque dos EUA e seus aliados surge no dia em que a OPAQ ia começar os trabalhos no terreno.