O Ministério da Defesa russo afirmou este sábado que os Estados Unidos e os seus aliados lançaram mais de 100 mísseis contra a Síria, mas vários foram interceptados.
"Os Estados Unidos, Reino Unido e França dispararam mais de 100 mísseis de cruzeiro do mar e do ar contra objetivos militares e civis sírios (…) e um "número significativo" foi interceptado pela defesa daquela área, refere o Ministério russo.
Numa primeira reação, feita através do embaixador russo nos EUA, Anatolu Antonov, Moscovo avisou que “estas ações não ficarão sem consequências (…) Toda a responsabilidade recai sobre Washington, Londres e Paris".
"Os piores presságios cumpriram-se. Não ouviram as nossas advertências. Voltaram a ameaçar-nos. Tínhamos advertido de que estas ações não ficarão sem consequências. Toda a responsabilidade recai em Washington, Londres e Paris", afirmou Antonov
O Ministério dos Negócios Estrangeiros do Irão, que tem apoiado a Rússia e o regime sírio, também emitiu uma nota, destacando que "os Estados Unidos e os seus aliados, sem qualquer aviso e antes de uma posição da Organização para a Proibição de Armas Químicas (OPAQ), realizou esta ação militar (…) contra a Síria e será responsável pelas consequências regionais desta aventura".
Recorde-se que, esta madrugada, os EUA, apoiados pela França e o Reino Unido, bombardearam alvos em território sírio, numa ofensiva que, segundo as autoridades norte-americanas, se tratou num “ato único” para destruir locais essenciais à produção e armazenamento de armas químicas.
Este ataque surge na sequência de um ataque com armas químicas alegadamente perpetrado pelo regime sírio. O governo de Assad já negou qualquer envolvimento neste ataque e a Rússia pediu a membros da OPAQ que fossem ao terreno perceber o que se passou. Este ataque dos EUA e seus aliados ocorreu antes de este organismo chegar a uma conclusão.