Vladimir Putin defendeu este sábado que os ataques contra a Síria constituem um “ato de agressão contra um estado soberano”.
O presidente russo afirmou que os ataques desta madrugada foram feitos "sem a aprovação do Conselho de Segurança da ONU, em violação da Carta das Nações Unidas e de normas e princípios do direito internacional", constituindo "um ato de agressão contra um Estado soberano que está na vanguarda da luta contra o terrorismo", refere o comunicado emitido pela presidência russa.
A Rússia continua a defender que o regime sírio não esteve envolvido em ataques com armas químicasm acusando o Ocidente de tentar procurar uma desculpa para começar um ataque: "Especialistas militares russos que visitaram a cena deste incidente imaginário não encontraram evidências de uso de cloro ou outras substâncias tóxicas, e nenhum morador local confirmou um ataque químico", lê-se no comunicado, no qual Putin defende que os EUA, Reino Unido e França mostraram “um desprezo” pela Organização para a Proibição de Armas Químicas (OPAQ), que iria começar o seu trabalho de averiguação no terreno hoje.
"Através das suas ações, os Estados Unidos agravaram a crise humanitária na Síria, trazem sofrimento para a população civil, favorecem os terroristas que assolam há sete anos o povo sírio e causam uma nova onda de refugiados", acrescentou.
Recorde-se que, esta madrugada, os EUA, apoiados pela França e o Reino Unido, bombardearam alvos em território sírio, numa ofensiva que, segundo as autoridades norte-americanas, se tratou num “ato único” para destruir locais essenciais à produção e armazenamento de armas químicas.