O mini-verão dos próximos dias não tem nada de extraordinário, mas há sempre uma explicação, reconhece Ricardo Tavares, meteorologista do IPMA. Desta vez, é o efeito de um anticiclone localizado no norte da Europa que se estende em crista à península Ibérica e funciona como barreira às depressões que têm trazido chuva e frio.
A mudança sente-se especialmente porque, até aqui, a temperatura tem estado abaixo da média para esta altura do ano e até sexta-feira estará acima. Também tem havido mais precipitação: o último março foi o segundo mais chuvoso desde 1931. As previsões encaixam no que são as variações “normais” do tempo, sublinha Ricardo Tavares.
Amanhã, o tempo começará a tornar-se instável nas regiões norte e centro e, na sexta, as nuvens aparecem a sul, com o tempo a piorar no fim de semana. Até lá é preciso ter em conta que as noites não vão ser de verão. “Haverá uma grande amplitude térmica”, frisa o meteorologista. Também o mar não estará para brincadeiras, com ondas de 4 a 5 metros. Daqui para a frente, a tendência é para o tempo melhorar, mas ainda não é possível dizer quando é que o sol regressa de vez ou se ainda este mês haverá um fim de semana para se estrear na praia. Por estes dias, Évora e Santarém vão ter as máximas mais elevadas, 28 oC e 29 oC, respetivamente.