Os trabalhadores do Centro Hospitalar de Vila Nova de Gaia e Espinho avançaram esta noite com uma greve contra a "perseguição da administração". No turno da noite de ontem, a adesão ultrapassou os 90% e, ainda sem números concretos sobre o turno que começou hoje às 8h, Orlando Gonçalves, coordenador do Sindicato dos Trabalhadores em Funções Públicas e Sociais do Norte, prevê uma adesão elevada.
O sindicalista denunciou a instauração processos disciplinares pela administração hospitalar a vários trabalhadores por alegadamente "não terem cumprido serviços mínimos" na greve de 27 de outubro. Uma situação que motivou este novo protesto por o sindicato entender que os trabalhadores "estão a ser punidos por algo que é da responsabilidade da administração, que não cumpriu a sua obrigação de designar os trabalhadores para os serviços mínimos".
"Há uma pressão enorme para tentar que os trabalhadores se intimidem e não façam greve", denunciou Orlando Gonçalves. Uma pressão, considera, espelhada numa nota interna que obriga os auxiliares a continuarem a trabalhar para além do turno caso não se apresentem ao serviço trabalhadores sunficientes. "Isto põe em causa os cuidados dos doentes, com possíveis turnos de 20 horas", alertou.
A greve terminará na manhã desta terça-feira.