Ricardo Alves Gomes já não participará hoje na reunião da mesa (administração) da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa.
O membro da administração da instituição como vogal para os recursos humanos foi exonerado no início desta semana, tendo sido a passada segunda-feira o seu último dia em funções.
Alves Gomes, que chegou à Santa Casa no primeiro mandato de Pedro Santana Lopes, pediu, ao que o i apurou, para sair devido a divergências face à entrada da instituição no Montepio.
O jurista endereçou, nesse sentido e sabe o i, uma carta ao ministro do Trabalho e da Segurança Social, Vieira da Silva, que tem a tutela respetiva, para o exonerar das suas funções na Santa Casa da Misericórdia de Lisboa.
O atual provedor, Edmundo Martinho, que sucedeu a Santana Lopes no ano passado, deverá acumular funções, herdando agora também o pelouro deixado vago por Alves Gomes.
“Informo vossa Excelência que tive oportunidade de expor pessoalmente ao sr. provedor da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa [Edmundo Martinho] as razões do presente pedido de exoneração. Em suma, prendem-se com o meu dever de lealdade à instituição porquanto entendo não ser razoável permanecer no exercício de funções sem estar em condições de assegurar votar favoravelmente – e fazer cumprir – algumas das opções estratégicas e operacionais que se colocam à Santa Casa atualmente”, reza a carta enviada ao ministro Vieira da Silva e a que o i teve acesso.
Dentro desse quadro de opções estratégicas que Alves Gomes não votaria favoravelmente – e a Santa Casa tem tradição tácita de apresentar unanimidade em todas as votações da sua administração [a dita mesa] – encontrar-se-á a entrada da instituição no Montepio Geral.
O pedido de exoneração já foi aceite pelo ministro. E Alves Gomes cessou funções na referida segunda-feira, dia 30 do mês passado.