Catarina Martins voltou a criticar a redução do défice, para valores que vão além das metas propostas por Bruxelas, quando o Serviço Nacional de Saúde precisa de investimento público, dando destaque à greve dos médicos que começou esta terça-feira e tem duração de três dias.
Já em relação aos incêndios, Catarina Martins afirmou que "não podemos ter repetição em 2018 da tragédia de 2017". A coordenadora do Bloco de Esquerda alertou o governo para que não se deixe manipular pelo chamado cartel dos meios aéreos, acrescentando que há empresas que operam em Portugla e que já foram investigadas em Espanha por esse motivo.
Sobre os meios aéreos, Costa começou por indicar que apenas oito ainda não têm a contratação finalizada. "Todos os outros já estão contratados, já estão em Portugal e só esperam o visto Tribunal de Contas", disse Costa garantindo que os helicópteros podem atuar, segundo a lei, em caso de emergência, mesmo sem o visto prévio.
Em resposta às questões sobre a greve dos médicos, Costa afirmou que "não vale a pena dramatizar as greves". O primeiro-ministro enumerou as propostas que têm restabelecido a normalidade no setor público, em particular no Serviço Nacional de Saúde. "Nós não temos uma folga de 800 mil milhões de euros, o que temos é menos 800 mil milhões de euros de défice", afirmou Costa. Para além da saúde, Costa referiu ainda as necessidades da escola pública e avançou que o Programa de Estabilidade inclui que 350 milhões de euros para os salários da função pública.
Catarina Martins trouxe ainda ao debate a questão do levantamento do sigilio bancário, afirmando que as entidades que combatem a fuga ao fisco "trabalham às escuras". A coordenadora do Bloco de Esquerda criticou a posição dos partidos contra esta medida do Bloco de Esquerda e, até, o veto do Marcelo Rebelo de Sousa que, como afirma, agora defende uma maior investigação. Costa recusou-se a discutir as discussões que tem com o Presidente da República.
Sobre o pedido avançado por Rui Rio para conhecer os devedores da Caixa Geral de Depósitos, Catarina Martins quer ir mais longe e afirma que "é preciso saber tudo" e, por isso, questionou se o governo não quer saber o que se passou com o BCP, o BPI, o BANIF e o BPN.