“Passados 14 meses sobre o fim das negociações que permitiram a criação da Carreira Farmacêutica, oito meses sobre a sua publicação em Diário da República e dois meses sobre o término do prazo legal previsto para que toda a legislação acessória (Acordo Coletivo de Trabalho para os CIT, Avaliação de desempenho, Recrutamento e Progressão na carreira, Internato), necessária à sua regulamentação, fosse implementada, nada foi ainda feito", declarou à agência Lusa Henrique Reguengo, presidente do SNF.
De acordo com o sindicalista, todos os documentos que faltam negociar "são essenciais", e considera ainda que sem a regulamentação acessória "nada funciona". "Como é que se pode resolver as questões da avaliação ou do internato se nada está regulamentando. Tudo o que permite a progressão de carreira funcionar não existe neste momento", disse.
"O SNF teve conhecimento de que o Ministério da Saúde continua sem luz verde por parte do Ministério das Finanças para proceder a todo este processo", referiu ainda Henrique Reguengo.
O SNF informou ainda à Lusa que os serviços mínimos previstos na lei vão ser assegurados.
"Esperamos uma adesão muito forte à greve, porque as pessoas tinham legítimas expectativas, depois das negociações, que as coisas funcionassem e depois verificaram que nada avança. É uma grande frustração e avançar para a greve é já uma posição de desespero, pois não temos mais mecanismo nenhum", disse o responsável.
"Queremos negociar, mas as negociações não podem ser iguais. Não podem ser só promessas, queremos trabalho concreto, até porque não existe nenhum motivo para que a maioria dos diplomas não sejam resolvidos de forma célere", concluiu o sindicalista.