Simpatia, palavras bonitas, gestos atenciosos para com profissionais da comunicação social – que até envolveram ofertas de comida tradicional portuguesa, metáforas e analogias. E resultados: bons resultados. Foi esta a fórmula que fez com que Carlos Carvalhal conquistasse a imprensa desportiva britânica e os adeptos do Swansea desde que, no fim de dezembro, pegou na equipa – estavam os galeses a amargar na última posição da Premier League, com apenas 13 pontos em 20 jogos e a cinco dos lugares que garantiam a permanência.
Uma vitória na estreia e uma série de oito jogos sem perder (com vitórias sobre o Liverpool e o Arsenal à mistura), além da chegada aos quartos-de-final da Taça, elevaram Carvalhal ao estatuto de herói de culto. José Mourinho, na antevisão do embate entre o Swansea e o seu Manchester United, a 31 de março (32.a jornada), chegou a considerar o compatriota o “treinador do ano” na Premier League. Por essa altura, o Swansea já estava em 14.o, quatro pontos acima da zona de despromoção.
E tudo descambou a partir daí: os galeses somaram desde então seis derrotas e dois empates, numa série negra que ganhou contornos trágicos esta semana: em jogo da jornada 31 que estava em atraso, os swans recebiam o Southampton, adversário direto, e uma vitória praticamente garantia a salvação. Esse cenário acabou por se verificar… mas para os saints (de Cédric), que ganharam no País de Gales por 1-0. Agora, na última jornada, só um verdadeiro milagre poderá salvar Carvalhal: o Swansea tem de bater o já despromovido Stoke, esperar que o Southampton perca com o Manchester City e, ao mesmo tempo, anular uma desvantagem de dez golos para os saints – equivale isto a dizer que tem de golear e esperar que o City também goleie o Southampton. Vida difícil para Carvalhal, que já sabe que não irá continuar no clube em caso de despromoção.
Europa dos milhões e juve campeã Este fim de semana marcará o fim da edição 2017/18 na Premier League e na Bundesliga, com o interesse principal a centrar-se na luta pela Liga dos Campeões. Em Inglaterra, Liverpool e Chelsea são os competidores para o quarto lugar; na Alemanha, quatro equipas ainda sonham com o apuramento para a liga milionária: Borussia Dortmund, Hoffenheim (que se defrontam), Bayer Leverkusen e RB Leipzig.
Luta semelhante domina as ligas francesa e italiana, e, nesta, as atenções estarão centradas no Roma-Juventus, onde a Vecchia Signora só precisa de empatar para garantir matematicamente a conquista do sétimo campeonato consecutivo. Roma, Lazio e Inter de Milão ainda não têm fechada a questão da Champions, tal como Lyon, Monaco e Marselha na Ligue 1.