Um conjunto de seis elementos da Associação Cognitária Vasco da Gama, que é responsável pela Escola Universitária Vasco da Gama, denunciaram a doação alegadamente ilegal de 25 mil livros, recolhidos pela Associação à Universidade Lusíada.
Os associados alegam que a doação à Universidade ocorreu sem que a decisão tivesse passado pela assembleia-geral, apresentando, em protesto, o pedido de demissão do presidente Luiz Vilar. "Criou todo o tipo de entraves para a feitura da ata [da assembleia geral em que é destituído]. Esperamos agora que, dentro de uma semana, a ata seja assinada", disse um dos queixosos à agência Lusa. O caso foi entretanto participado ao Departamento de Investigação e Ação Penal de Coimbra.
"Estou a saber por si que há queixa", disse Luiz Vilar quando questionado pela Lusa sobre a sua versão da história.
Em outubro de 2016, a direção da Associação decidiu, por unanimidade, levar o assunto a assembleia-geral para votação, mas a doação à Universidade Lusíada avançou sem que tal votação tivesse sido sequer proposta, alegam os queixosos. Uma situação que obriga à votação nesse órgão por os estatutos considerarem que qualquer "alienação, oneração ou permuta de património" tem de passar pela AG. "Nunca passou pela cabeça que não fosse à assembleia-geral. Mas, depois dessa decisão da direção, detetámos logo a ausência dos livros", disse outro elemento queixoso à Lusa.