Enquanto a coleção não está completa, é sempre uma pedra no sapato. Olhamos para a prateleira e não vemos os volumes que lá estão, mas sim os que nos faltam.
Depois de uma década sem publicar, Paulo Teixeira parecia ter-se remetido ao silêncio. E se a sua postura foi sempre imensamente discreta, também é certo que não se podia passar ao lado do seu percurso na hora de fazer um balanço sobre a poesia contemporânea portuguesa.
Bruno Vieira Amaral elogiou Miguel Esteves Cardoso no Festival Escritaria, de Penafiel, onde fez parte da mesa ‘Nestum com Figos’, para no dia seguinte, num artigo no Observador, criticar o ‘processo de bovino-sacralização’ do autor d’ A Causa das Coisas.
Com 50 anos de carreira e cerca de 200 títulos publicados, Danielle Steel acaba de atingir a marca dos mil milhões de exemplares vendidos. Filha do herdeiro da cerveja Löwenbräu e de uma portuguesa, foi casada cinco vezes e tem uma vida digna de um filme. Mas recusa escrever as suas memórias.
Meio anjo, meio demónio, assim foi descrito este autor imensamente prolífico, que se matou pouco depois de completar 36 anos, um ano após ter revelado que fora infectado pelo vírus da sida, e que fez da doença um impulso decisivo para fazer cair todas as máscaras, expor todos os segredos.
Deve ser feita uma reforma profunda no sistema de ensino? Sim ou Não?
Unanimemente louvado como um livro central numa suposta renovação do campo da poesia portuguesa mais recente, “Mulher ao Mar” regressa, e o corpo lançado às vagas é já uma embarcação tripulada por uma série de vozes, sobretudo femininas (as “corsárias”), produzindo muita vozearia no convés, mas depois fica naquele tom amontoado, pairando no ar sem chegar…
Na mais recente edição do seu livro em constante reelaboração, Mulher ao Mar / E Corsárias, fica clara a dimensão omnívora desta poesia, em que todos os motivos são puxados para a oficina de Vale do Gato, numa sofreguidão em afirmar-se enquanto poesia e que faz com que nada lhe seja estrangeiro.
Obra-prima de inspiração tenebrosa, livro de cabeceira do decadentismo, com Ao Arrepio Huysmans desferiu um golpe estarrecedor nos salões literários de Paris e superou a escola naturalista e a influência de Zola, encerrando-se numa novela prenhe de desdém pelo mundo moderno. A contrapelo das ficções literárias que marcavam o tom socialmente empenhado da época e…