A embaixadora israelita na Bélgica, Simona Frankel, responsabilizou, hoje de manhã, num programa da rádio RTBF, o Hamas pelas mortes de palestinianos na fronteira entre a Faixa de Gaza e Israel.
"Lamento muito por todos os humanos que morreram, mesmo que sejam terroristas, 55 terroristas", disse Frankel, acrescentando que eram "terroristas que tentaram atravessar a barreira para entrar no território" israelita. Questionada sobre se as oito crianças e a bebé de oito meses, Leile Al-Ghandour, que ontem faleceram também eram terroristas, a embaixadora limitou-se a responder que "as pessoas que levam crianças e bebés não fazem parte de manifestações pacíficas".
As Nações Unidas pediram uma investigação independente, mas os Estados Unidos bloquearam a iniciativa.
"Queremos defender, proteger o nosso território. Preferimos ter críticas em vez de condolências", assegurou a embaixadora israelita.
Segundo as últimas atualizações, os disparos das forças militares israelitas causaram a morte a 59 palestinianos, entre os quais oito crianças e uma bebé, e mais de 2700 feridos, dos quais dezenas graves.
Ontem, foi o dia mais sangrento para os palestinianos desde 2014, quando Israel avançou com a Operação "Margem Protetora" durante sete semanas, causando a morte de 2300 pessoas e ferindo mais de 17 mil, com bombardeamentos áereos e envio de forças terrestes.