Catarina Martins começou por referir a importância do investimento na ferrovia. Costa admitiu que a rede ferroviária é também prioridade e que a sua manutenção está em avaliação para que muito brevemente possa ser trazido à Assembleia da República o conjunto de investimentos para os próximos sete anos.
Sobre o caso da ligação do ministro Pedro Siza Vieira à EDP, e recordando que as negociações do Orçamento de Estado estão à porta, a coordenadora do Bloco quis saber "se o ministro teve papel na decisão do PS de mudar o voto na questão das altas rendas de energia", o episódio que levou o Bloco de Esquerda a acusar o governo de não cumprir a palavra dar. A resposta foi simples: "não, não teve", respondeu Costa.
"Temos seguramente um trabalho para fazer, temos um compromisso para baixar a conta da luz", voltou Catarina Martins a dizer. Com base nas declarações do secretário de Estado da Energia, que afirmou que o governo pretende aproximar o preço da eletricidade em Portugal ao preço praticado na Europa antes da crise, "o que significa que tem de baixar 6%". Mas o Bloco acredita que podem ir mais longe pedindo a redução de 7%.
"Quando se passou de CAE para CMEC a energia ganhou mais de 500 milhões de euros", continuou pedindo ao governo que anulasse já o despacho criado por Manuel Pinho, que segundo a coordenadora não tinha autoridade para o fazer, de forma a reduzir já os referidos 7% de custos.
"O que é que é mais importante é a palavra que Manuel Pinho deu às energéticas ou a palavra que o governo deu de que vai baixar o preço da luz", questionou reforçando que a Procuradoria-Geral da República já considerou o despacho nulo. No entanto Costa não se comprometeu e garantiu que o grupo de trabalho irá continuar o seu trabalho, mesmo sem a presença de Siza Vieira.