O Aeroporto Humberto Delgado, em Lisboa, e a maternidade do Hospital de Cascais foram ontem palco de simulacros pela PSP e GNR, respetivamente. No primeiro, simulou-se um atentado terrorista na área das partidas do aeroporto, enquanto no segundo simulou-se o rapto de um bebé.
O simulacro no aeroporto, apelidado pelas autoridades de "Exercício Sartex", teve como objetivo "testar recursos e procedimentos nas vertentes security e safety, num quadro de Incidente Tátivo Policial onde foi possível treinar a resposta do Sistema de Segurança interna", bem como da PSP e a articulação entre várias entidades, num cenário de atentado terrorista, afirmou uma nota à comunicação social do ministério da Administração Interna.
O exercício, que contou com a participação de mais de uma dezena de entidades, entre as quais o INEM, a Proteção Civil e o Regimento de Sapadores de Lisboa, foi coordenado pelo Centro de Comando e Controlo Estratégico da Direção Nacional da PSP.
O simulacro foi acompanhado no local pelo ministro da Administração Interna, Eduardo Cabrita, e, no comando da PSP, pela Secretária-Geral do Sistema de Segurança Interna, Helena Fazenda.
Já no Hospital de Cascais a GNR tomou a dianteira no comando das operações. O Grupo de Intervenção e Operações Especiais atuou em vários pontos do hospital para testar a capacidade de resposta do plano de segurança interno do Hospital, mas também das autoridades, numa situação de sequestro de um bebé recém-nascido.
"Foi feita uma situação fictícia em que existia um adversário, um raptor, que se teria divorciado da sua esposa e a sua esposa estaria na maternidade a ter o filho. O seu objetivo dele [do raptor] seria retirar-lhe o filho, tendo em conta que a esposa iria para a Suiça", explicou a tenente Edna Almeida, oficial de Comunicação do Comando Territorial de Lisboa, ao Jornal de Notícias. "Foi realizada uma operação Tático Policial, tendo em conta que o raptor se barricou na ala do 5º piso do Hospital de Cascais".
A simulação também contou com a participação de bombeiros por o raptor ter ateado um pequeno foco de incêndio na ala da maternidade do Hospital.