O Instituto Português de Oncologia de Lisboa afirmou que não consegue dar resposta a todas as mulheres que precisam de realizar exames de seguimento do cancro da mama e tem estado a encaminhá-las para unidades de saúde familiar e outros organismos de saúde, escreve o Diário de Notícias esta sexta-feira.
O problema foi assumido através de uma circular interna do serviço de radiologia deste hospital, elaborado no mês passado e, nesse mesmo documento, o IPO de Lisboa assume que não é capaz de assegurar mamografias de vigilância a 12 meses a utentes que já tiveram cancro e que ainda não tiveram alta ao fim de cinco anos de tratamentos – procedimentos normais -, uma vez que o número de pedidos é superior ao número de vagas existentes.
A solução do IPO passa por sugerir às doentes oncológicas que contactem os seus médicos de família, de form,a a conseguirem marcar as mamografias noutros locais, avança a mesma publicação.
O DN escreve ainda que, no final do mês de abril, 38 mulheres que são acompanhadas no Instituto de Oncologia ainda não tinham realizado a mamografia prevista para novembro e dezembro de 2017, algo que equivale a uma espera de 16 meses (um ano e quatro meses).
À mesma data, 450 mulheres já tinham ultrapassado um ano de espera.
Em Portugal, anualmente, são detetados cerca de 6.000 novos casos de cancro da mama, sendo que 1.500 mulheres morrem com esta doença.