Os sindicatos que representam a maioria dos tripulantes de cabine da Ryanair na Europa, estiveram reunidas esta segunda-feira, em Madrid, e fizeram um ultimato à companhia aérea para que “cumpra as leis laborais em cada país”. Caso não cumpram, avançam para greve europeia.
O prazo imposto pelos sindicatos para que a Ryanair lhes dê respostas foi o dia 30 de junho, avançou à Lusa Bruno Fialho, da direção do Sindicato Nacional do Pessoal de Voo da Aviação Civil (SNPVAC).
De acordo com o mesmo responsável, na reunião em Madrid os sindicatos europeus estiveram “a tratar de todos os procedimentos legais em cada país”, de forma a poderem avançar com uma greve europeia que será anunciada “logo após o dia 30 de junho”.
“Se a Ryanair cumprir com tudo o que nós exigimos, que é simplesmente a aplicação das leis nacionais de cada país, é evidente que não há motivos para existir greve, mas chegamos a um ponto em que já não acreditamos que tal é possível”, afirmou Fialho, garantindo que os sindicatos estão a agir de “boa fé”, ao darem um prazo limite para que a empresa possa responder.
“Temos de preparar tudo para que a greve seja uma realidade, que nós não desejamos, mas que iremos fazer porque assim somos obrigados devido às ações do senhor Michael O’Leary [presidente executivo da Ryanair]”, disse ainda o responsável à Lusa.
Em comunicado divulgado pelo SPVAC, e assinado pelos cinco sindicatos europeus, as organizações assinalam os “processos disciplinares que puniram apenas aqueles que fizeram a greve em Portugal e os tripulantes de outros países que se recusaram a participar nas exigências ilegais para substituir os trabalhadores em greve durante a semana da Páscoa”.