Quem se reformar antecipadamente em 2018 terá um corte de 14,5% na pensão, como consequência do aumento da esperança média de vida, de acordo com os dados publicados esta terça-feira pelo Instituto Nacional de Estatística (INE).
No relatório do INE lê-se que “ a esperança de vida aos 65 anos atingiu 19,45 anos para o total da população. Aos 65 anos os homens podem esperar viver, em média, mais 17,55 anos e as mulheres mais 20,81 anos, o que representa ganhos de 1,39 anos e de 1,26 anos, respetivamente, nos últimos dez anos", o que representa um corte, uma vez que o Governo utiliza a esperança média de vida para calcular parte dos cortes que são aplicados às pensões antecipadas.
Quando foram divulgados os dados provisórios, a agência Lusa calculou, com base na legislação em vigor, que a atualização da esperança média de vida implicaria um corte de 14,5% no valor das novas pensões antecipadas, tendo em conta o fator de sustentabilidade do próximo ano.
De acordo com a legislação, este fator de sustentabilidade deve-se à relação entre a esperança média de vida aos 65 anos, no ano de 2000, com a que foi obtida no ano imediatamente anterior ao início da pensão.