Política, mobilidade e saúde premiadas

Mobilidade para a participação política, reservas de autocarros, melhoria da qualidade de vida de doentes neurológicos ou organização de garantias e faturas foram algumas das sete inovações vencedoras do 8.º Concurso da Acredita Portugal que decorreu em Lisboa.

Este concurso de empreendedorismo recebeu este ano com 11477 candidaturas. O maior número de projetos submetidos a concurso está relacionado com o Empreendedorismo Social (2050 projetos), Tecnologia (1073), Comércio (898), Restauração (645) e Indústria (635).

O primeiro prémio na categoria “Empreendedorismo Social” foi para o MyPolis, uma plataforma ‘mobile’ para trazer a participação política para o século XXI e melhorar a comunicação entre políticos e cidadãos. A Caixa Económica Montepio Geral (CEMG) e o Impact Hub garantem a incubação deste  projeto.

O Prémio “Brisa Mobilidade 2018” foi atribuído à BGN – Bus Global Network, uma plataforma online que automatiza e otimiza todos os processos das reservas e aluguer de autocarros. A Brisa apoia a entrada no mercado neste projeto. O “Prémio K.Tech”, que tem para o vencedor um programa, atribuído pela KCS IT, de uma bolsa de horas para a implementação das melhores práticas a nível de gestão de projeto foi atribuído à Elephai, uma solução integrada, baseada em três produtos, que permite melhorar a qualidade de vida para os pacientes com doenças neurodegenerativas e seus familiares.

Na categoria “Novos Produtos” foi distinguida a Sal Verde, produção controlada e a comercialização de salicórnia, enquanto na categoria “Plataformas Web” a vitória foi para Keep Warranty, aplicação móvel que permite organizar e guardar garantias e faturas, notificando quando estão prestes a expirar.

O VR4NeuroPain, sistema tecnológico que combina realidade virtual com uma luva inteligente com biosensores que tem como objetivo a reabilitação de pacientes com dor neuropática, conquistou o primeiro lugar na categoria “Novas Tecnologias” e na “Educação” ganhou o CityCheck, que permite jogar vários jogos com conteúdo educacional e contextual, sobre os pontos de interesse da cidade que se está a visitar.

De acordo com a organização,  53% dos candidatos tinha apenas “uma ideia” para o seu produto ou serviço quando se submeteu a concurso, 12% um plano de negócios desenvolvido e 19% tinha já o protótipo.

Ao i, a Acredita Portugal revelou que maioria dos projetos a concurso foi submetida por adultos com uma idade média de 36 anos, sendo que mais de metade (51%) são mulheres.

Um quinto dos participantes desta oitava edição do Concurso Montepio Acredita Portugal não tem formação académica  superior, enquanto 44% é licenciado e 27% tem o grau de mestrado/doutoramento. Pouco mais de um em cada cinco está desempregado e 71% nunca participou em concursos de empreendedorismo. Já 29% haviam participado em edições anteriores do concurso.

Os candidatos Concurso Montepio Acredita Portugal  foram pelo acesso a investidores (51%), orientação no desenvolvimento da ideia (51%), visibilidade do projeto (38%) e oportunidade de testar a ideia (36%). As suas principais dificuldades foram a obtenção de financiamento (77%), o peso da burocracia (38%), riscos ligados à falta de incentivos governamentais (33%).