A nova campanha de luta contra o tabagismo lançada pela Direção Geral da Saúde, produzida com o intuito de alertar para o aumento do consumo de tabaco por parte de jovens mulheres, está a gerar críticas de movimentos feministas.
Após algumas indignações públicas como a de Isabel Moreira que considerou a campanha misógina e pede ao Ministério que a retire do ar e a da associação UMAR – União Mulheres Alternativa e Resposta que emitiu um comunicado onde diz ser inaceitável “uma campanha culpabilizante das mulheres e que reproduz estereótipos de género”, a Comissão para a Cidadania e Igualdade de Género manifestou a sua posição.
A CIG lamentou “a forma utilizada para transmitir esta mensagem”, que considera discriminatória. Apesar de os dados do Programa Nacional para a Prevenção e Controlo do Tabagismo reflectirem que as mulheres têm fumado cada vez mais, em relação ao grupo dos homens, os problemas que advertem do tabaco são prejudiciais a ambos os géneros.
Em causa está uma curta-metragem com o título “Opte por Amar Mais”, que relata o drama de uma mulher diagnosticada com cancro do pulmão e o exemplo que esta deu à filha ao longo da vida, agora no fim.
No filme, a mulher diagnosticada com cancro continua a fumar mesmo num estado muito debilitado, dependente de uma botija de oxigénio.