A greve dos professores às avaliações dos alunos já bloqueou mais de 100 escolas, anunciou hoje o recém-fundado Sindicato de Todos os Professores (STOP).
"Colegas de cerca de 100 escolas disseram-nos que a adesão tem sido incrível, com o bloqueio às reuniões na ordem dos 100%", explicou André Pestana, dirigente do STOP, à agência Lusa. "Mais de 100 escolas já aderiram e a maioria delas na ordem dos 100% a esta greve. É impressionante".
Ao contrário dos restantes sindicatos de professores, o STOP convocou uma greve às reuniões de avaliação entre 4 e 5 de junho por causa da recusa do governo em contabilizar os nove anos, quatro meses e dois dias de tempo de serviço congelado dos professores. O impacto da greve bloqueou uma centena de escolas por as regras dos conselhos de turma exigirem a presença de todos os professores, caso contrário serão adiadas.
Ao serem atrasadas, as notas dos alunos não podem ser publicadas e, consequentemente, não poderão fazer os exames nacionais nos anos em que tal se exige.
Entre as escolas com maior crispação por causa da greve, afirma Pestana, encontra-se o agrupamento de escolas Mães d'Àgua, na Amadora, com a existência de "um clima de intimidação" por parte da direção. "Foi inqualificável o que aconteceu. A direção da escola terá marcada falta injustificada a um professor que fez greve e isso é totalmente ilegal", resumiu.
Ainda que não tenham convocado greves para estes dias, dez outros sindicatos já emitiram pré-avisos de greve às avaliações a partir de 18 de junho, o primeiro dia dos exames nacionais.